O último dos meus 20 anos!


Hoje eu faço 29

Muita coisa mudou em mim desde o dia em que eu fiz 20 anos até hoje.
Aos 21 anos, eu era recém formada e já tinha um emprego, um bom emprego, tinha um bom relacionamento, tudo parecia que ia bem, só aparências.

Eu sempre que me cobrei tanto, sempre quis tanta coisa, sempre me permitir ter tantas expectativas que não tinha outro caminho senão eu me decepcionar.
Ao longo do caminho eu aprendi “Crie unicórnios, mas não crie expectativas”, Ah mas unicórnios não existem... ainda assim, eles são uma escolha mais saudáveis, acreditem.

Eu queria tanto, que aos 25 parecia que eu não tinha conseguido nada, então eu não me permiti ser grata por tudo o que eu já tinha conquistado, parecia tão pouco se comparado ao que os outros tinham. Comparações.

Como elas são não nocivas, isso eu também aprendi no caminho. A gente acaba querendo viver a nossa vida pra que ela seja tão boa quanto a dos outros, mas em algum momento a gente percebe que nossa a vida não tem que ser boa como a dos outros, ela tem que ser boa pra gente do nosso jeito, agora que jeito é esse eu ainda não descobri.

Logo eu que me apaixono tão fácil, aos 27 eu já tinha entrado pro clube dos corações partidos, alguns eu mesma parti e aprendi muito com todas as experiências. Eu não vou dizer nunca, só pra não pagar a minha língua, mas eu aprendi que a gente não deve iniciar uma relação por medo de perder alguém, aprendi que morar junto é uma das coisas mais difíceis que existem, que é necessário ouvir a intuição e enxergar tudo que está na nossa frente.

Teve um momento em que eu desisti de viver, e essa foi a fase mais difícil, é escuro, é pesado, é sufocante e angustiante, só de pensar em voltar pra lá e voltar a sentir o que eu senti naquela época eu fico assustada. A única coisa que me manteve aqui, foi a consciência de que eu não queria causar dor as pessoas que eu mais amo.

Ai eu recebi um telegrama, e não era ninguém de Aracaju, nem era o Serasa, que foi a primeira coisa que eu pensei quando vi o carteiro, era a convocação de um concurso que eu tinha sido aprovada e classificada como a última da lista do cadastro de reserva, foi um alívio, foi exatamente o que eu precisava no momento em que eu mais precisava.

Dai pra frente foi um trabalho de reconstrução diária, eu entendi que eu precisava ser gentil comigo mesma e em algum momento dessa jornada eu finalmente me encontrei e fiz as pazes com a pessoa que eu sou. Com o corpo que eu sempre odiei e tive vergonha, as vezes a gente ainda tem um conflito ou outro, mas ai eu para me olho no espelho e digo, esse é o meu corpo, então eu preciso aprender a gostar dele, nem sempre funciona.

29 anos... Eu tenho saudade de quando a minha maior preocupação era qual filme ia passar no sábado animado, mas é a vida. Hoje eu posso dizer que eu sou grata por tudo o que eu conquistei, pela pessoa que eu me tornei e principalmente por todas as pessoas maravilhosas que me ajudaram a chegar até aqui , que fazem eu perceber o quanto eu ainda preciso melhorar e me influenciam a tentar ser melhor.


Obrigada a todos por tudo que vivemos até hoje.

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